sábado, 14 de junho de 2008


É tão difícil assim?

Confusão, confusão, confusão.

Águas paradas, calmas,

Mente demente

Desespero

Morte, vida, gritos.

Falas, lágrimas

Volume irresistível

Vozes, olhos, pessoas.

Muitas pessoas

Nostalgia aflita

Machucados abertos

Olhos fechados

Mãos cerradas

Intocável,

Completamente,

Morta de vontade

Entocada,

Escondida...

Melodias secretas

Ecoam famintas

Querendo ser ouvidas

Sem som nenhum

Vontade reprimida

Prisão de alma

Liberdade, liberdade

Liberdade chora

Implora para ser liberta

Quero falar

Quero gritar

Quero chorar

Quero morrer

Quero viver

Quero correr

Quero andar

Quero sonhar

Quero ser ouvida

Mas minha voz

Inaudível

Inaudível...

Sem ouvidos, olhos...

Sem olfato ou paladar...

Não consigo tocar...

Nuvens de lágrimas,

Ar que respiro,

Vento que vai e vem

Traz o ar de volta,

não mais meu...

Imagem invisível

Que meus olhos vêem

E não suporto

Ter que ver,

Ter que ver

Até quando?

Até quando

Iremos acreditar

No que não existe mais?

Cor não existe mais;

Nosso mundo é preto e branco

Cada vez mais dessaturado.

Cadê?

Cadê as árvores, as flores,

Os parques com crianças nos balanços?

Cadê?

Cadê você

Que todo dia vinha ao meu encontro?

Preciso falar,

Tenho que dizer...

É tão difícil assim?

Não posso fugir,

Nem me esconder

Mas vou cair

Ardendo em chamas.

Meu espírito,

Minha dor,

E aquela cor?

Cadê?

É tão difícil assim?

Um comentário:

M. Girardi S. disse...

Ei, precisamos conversar! hehe

Legal a poesia... Eu não sabia que pensavas deste jeito... ;P~

Beijos,
Maurício.